Peritagem de Infiltrações em Casa de Banho – Lisboa
Peritagem de Infiltrações em Casa de Banho – Lisboa
Realizámos uma peritagem de infiltrações em Lisboa, com o objetivo de identificar a origem de danos por água que estavam a afetar o teto da casa de banho próxima ao hall de entrada.
Realizámos uma peritagem de infiltrações em Lisboa com o objetivo de identificar a origem dos danos por água que estavam a afetar o teto e as paredes da casa de banho próxima ao hall de entrada da fração. O local apresentava sinais evidentes de humidade e degradação, tornando essencial a realização de uma pesquisa de avaria não destrutiva para determinar a causa exata da infiltração.
Durante a inspeção visual, observámos danos significativos na pintura e no estuque, com empolamento e descascamento visíveis. Também foram identificadas manchas de fungos e descolamento do revestimento. Estes danos estavam concentrados num ponto específico do teto, localizado acima da sanita, junto à prumada de esgotos do edifício.
Para confirmar a presença de humidade ativa, utilizámos o Scan de humidade. O equipamento revelou níveis extremamente elevados nos pontos mais afetados do teto, comprovando a infiltração. À medida que nos afastávamos dessa zona, os valores diminuíam gradualmente, até se tornarem inexistentes.
Na parede lateral, onde passa a prumada de esgotos, não foram registados níveis de humidade relevantes, o que indica que a infiltração está concentrada exclusivamente no teto, num ponto muito específico.
Com o objetivo de complementar a análise, realizámos uma verificação com câmara termográfica. A imagem térmica revelou uma anomalia localizada na área afetada, evidenciando uma variação térmica típica de infiltrações de água. Essa constatação reforçou a hipótese de uma fuga proveniente da fração superior, possivelmente relacionada com a tubagem de esgoto ou com falhas de isolamento.
Após a verificação inicial na fração lesada, deslocámo-nos à fração do nível superior, para dar continuidade à peritagem de infiltrações. Nesta fração, observámos que a casa de banho apresentava alterações estruturais, incluindo o ligeiro deslocamento da sanita e a ampliação do móvel do lavatório.
Durante a análise, verificámos danos por água no interior do móvel do lavatório, com deterioração da madeira e presença de manchas de humidade no pavimento em betão. A medição com o leitor de humidade confirmou valores elevados. Além disso, constatou-se a ausência de isolamento entre o lavatório e a base de pedra, o que pode permitir pequenas infiltrações, ainda que insuficientes para justificar os danos observados na fração inferior.
Para confirmar a origem da infiltração, procedemos à realização de testes de carga na casa de banho da fração a nivel superior. No primeiro teste, introduzimos água quente no lavatório durante aproximadamente cinco minutos, observando as conexões visíveis. Não foram detetadas fugas aparentes nem alterações significativas de temperatura no teto da fração inferior.
De seguida, realizámos uma nova análise térmica ao teto da fração lesada, não sendo registadas anomalias relacionadas com o lavatório. Em seguida, executámos um novo teste na sanita da fração nivel superior, vertendo diretamente cinco baldes de água quente. Após alguns minutos, a câmara termográfica identificou uma anomalia térmica acompanhada de gotejamento constante, comprovando a existência de uma fuga na tubagem de esgotos.
Com base na imagem térmica, verificámos que a fuga está localizada entre a sanita e a prumada de esgotos do edifício, num ponto próximo da conexão da tubagem proveniente do lavatório.
Concluímos que, após os testes de carga realizados na casa de banho da fração nivel superior, foi detetada uma fuga de água nas tubulações de esgoto, situada entre a sanita e a prumada de esgotos do edifício. Esta fuga é a principal responsável pelos danos no teto e nas paredes da casa de banho da fração lesada.
O tipo de infiltração identificado é característico de falhas na estanquidade das ligações entre os ramais de esgoto e a prumada, frequentemente agravadas por vibrações ou envelhecimento dos vedantes. A correção requer intervenção técnica com substituição ou selagem adequada das juntas.
Com base na peritagem de infiltrações realizada, recomendamos as seguintes ações para correção definitiva e prevenção de novas ocorrências:
- Isolamento imediato da área afetada: remoção do revestimento danificado (estuque e pintura) e secagem controlada da estrutura antes de qualquer intervenção.
- Substituição ou reparação da ligação entre a sanita e o ramal de esgoto: desmontagem da sanita, substituição do elemento de união (vedante/brida) e verificação da estanqueidade com teste de carga.
- Verificação e reparo da conexão do lavatório, se aplicável: substituição de vedantes ou conexões aparentes que apresentem sinais de fuga.
- Reconstituição do teto: após confirmar a estanquidade, proceder à reparação da placa e aplicação de novos revestimentos (gesso/estuque e pintura), utilizando materiais de secagem rápida e produtos hidrofugantes onde necessário.
- Aplicação de produtos anticorrosivos e de proteção: nas zonas metálicas ou componentes expostos, para prevenir degradação futura.
- Monitorização pós-reparação: observação da zona durante 48–72 horas após a intervenção e realização de novo teste de carga para garantir que não existe fuga residual.
- Relatório técnico para seguradora: elaboração e envio do relatório completo (fotografias, medições e descrição das intervenções) para instrução de sinistro, se aplicável.
- Manutenção preventiva: recomenda-se inspeções periódicas (anual/bianual) em prumadas e conexões sanitárias em edifícios antigos para detetar vedantes degradados antes de ocorrerem infiltrações.
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